sábado, 27 de agosto de 2011

SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Frente à expansão do intercâmbio de conhecimentos referentes ao ensino universitário no mundo, impulsionada em parte pelo fenômeno recente da globalização, e, com o surgimento e fortalecimento do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), surgem dúvidas acerca do manejo dos currículos universitários nos países componentes desse bloco, não obstante, ocorre o mesmo com uma área específica do saber, a Educação Física.

Assim sendo, a problemática de encontrar fundamentos e soluções para questões inerentes a real troca e experiências e conhecimentos tanto no campo econômico quanto educativo se torna mais evidente a cada dia. Com isso, é possível pensar que, no tocante a construção do currículo universitário na Educação Física, nos países pertencentes ao Mercosul, ocorre uma problemática semelhante, haja vista que não se pode desvincular a construção do conhecimento profissional das tendências que surgem na sociedade atual, pois como explicita BARRET, 2003 “é dado que as práticas curriculares universitárias se constroem nas relações que mantém com uma sociedade”.

Vale ressaltar que, uma tendência a internacionalização do ensino superior em espaços que vão mais além dos limites nacionais ficou fortemente assinalada no início da década de 1990, isso ocorreu em função da incorporação da educação superior como área de comércio internacional no âmbito do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS) da Organização Mundial do Comércio (OMC). O MERCOSUL, uma área de integração econômica e social entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai foi criada pelo tratado de Assunção em 1991, tendo o mesmo desde o princípio um capítulo específico para a educação, assim sendo, no dia 13 de dezembro de 1991, na cidade de Brasília, os ministros assinaram o documento protocolo de intenções onde consideram o papel estratégico da educação para a consolidação da nascente integração. Durante o plano estratégico compreendido entre 1996 e 2000, foram aprovados dois acordos vinculados a cooperação universitária, o protocolo de integração educativa, que visa o prosseguimento dos estudos no âmbito de pós graduação nas universidades dos países membros, e o memorando de entendimento sobre a implementação de um mecanismo experimental para o reconhecimento de títulos de grau universitário nos países componentes do bloco. (SANTOS E DONINI, 2010)

domingo, 21 de março de 2010

METABOLISMO DO EXERCÍCIO - A PRODUÇÃO DE ENERGIA E ARMAZENAMENTO DOS SUBSTRATOS


Sabe-se que a energia utilizada em uma corrida de longa distância provém de uma “combustão”, a maior parte da energia produzida é convertida em calor (75%) os outros 25% restantes produzem energia mecânica em forma de contração muscular.Para alimentar essa combustão e conseqüentemente essa produção de energia durante uma prova como a maratona, é usada uma mistura de três combustíveis ou substratos: a glicose que é um tipo de açúcar e pertence à classe dos glicídios; os ácidos graxos que se ligam ao glicerol por ligações éster para formar os triglicerídeos tendo como principais o ácido oléico e o ácido palmítico; e por último os aminoácidos que se unem em longas cadeias para formar as proteínas.
De acordo com a participação dos substratos, o aminoácido tem uma participação reduzida em relação aos ácidos graxos e a glicose na produção de energia. Para que haja essa combustão acima citada, é preciso de um comburente (oxigênio), o O2 é muito importante para um maratonista, pois quanto maior é a capacidade de capta-lo, maior é a capacidade de produzir energia, isso se chama capacidade aeróbica.Como já dissemos, o produto final dessa combustão é energia em forma de ATP, para chegar a tal, durante a combustão, existem várias reações que produzem resíduos. Na degradação de glicose, ácidos graxos e aminoácidos na presença de O2, são produzidos CO2 e H2O, o CO2 é eliminado pela respiração e o H2O é eliminado pelo suor; já na degradação de aminoácidos é produzido o amoníaco que no fígado é transformado em uréia, e, em seguida é despejada na corrente sanguínea e eliminada para fora do organismo pelos rins através da urina e pelas glândulas sudoríparas pelo suor. A degradação dos substratos na ausência de oxigênio produz ácido lático oriundo principalmente da degradação da glicose.
Os substratos são armazenados em nosso organismo, esses estoques geralmente são limitados. A glicose pode ser armazenada em forma de glicogênio nas células que compõe vários tecidos, porém é possível dizer que a célula muscular tem um maior estoque em relação as demais, pois são essas células que durante a atividade fazem o maior uso da glicose, outra forma de armazenagem de glicose é o glicogênio hepático (fígado), ao contrário dos músculos, o fígado libera facilmente grandes quantidades de glicose que passam a se tornar “livre”, essa permanece no líquido extracelular e assim é transportada para as células do SNC que são as maiores consumidoras de glicose em repouso. Os ácidos graxos se ligam ao glicerol e podem ser armazenados em forma de triglicerídeos no músculo (bolhas de triglicerídeos) e nas células adiposas do tecido adiposo intra-abdominal (visceral) ou subcutâneo, quantitativamente os ácidos graxos são uma fonte de energia bem mais poderosa do que a glicose. Já os aminoácidos são armazenados em forma de proteínas em alguns tecidos principalmente no muscular e constituem substâncias importantes como os hormônios.
As maiores reservas de glicose é o glicogênio muscular, onde cada fibra armazena glicose para o seu próprio uso, como um sistema de proteção, dessa forma em uma corrida de todas as reservas de glicose, só as dos membros inferiores estão disponíveis, pois fazem praticamente todo o trabalho, as outras reservas são inutilizáveis, pois não podem ser transferidas para os músculos em atividade. Como é de fato, existe lipólise no interior do músculo, pois, existe triglicerídeos nas bolhas onde os ácidos graxos são usados imediatamente, já na lipólise do tecido adiposo os ácidos graxos são lançados na corrente sanguínea se tornando ácido graxo “livre” com o auxílio da albumina humana se juntando aos provenientes de várias partes do corpo para serem utilizadas pela musculatura em atividade.

FONTES PARA PESQUISA:

A Prática da Avaliação Física. José Fernandes Filho
Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. Scoth Powers
A Prática da Preparação Física. Estélio Dantas
Efeito hipotensivo do exercício de força realizado em intensidades diferentes e mesmo volume de trabalho. Artigo de Marcos Pólito e outros.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

MONTAGEM DE PROGRAMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA


Antes de pensar em montagem de programas de treinamento de força (musculação), é preciso compreender algumas nuances do treinamento desportivo, principalmente aquelas relacionada a um dos princípios científicos, o princípio da interdependêcia volume x intensidade. O que pode ser classificado como volume em treinamento de força (musculação)? Volume está ligado a duração do exercício, pode ser definido pelo tempo em que passa se exercitando dentro de uma sala de musculação,pela quantidade de sets (sessões) de treinamento por dia (uma ou duas vezes por dia), pela quantidade de exercícios por set (sessão) de treinamento, pela quantidade de séries e repetições para cada exercício. E a intensidade, do que se trata? A intensidade está ligada a velocidade de execução do exercício (especialmente em atividades aeróbicas como uma corrida mais rápida) e pelo peso utilizado em cada exercício/aparelho, é preciso quebrar alguns paradigmas, não se pode confundir a velocidade/peso que é intensidade com carga, uma vez que carga é um conceito do treinamento desportivo relacionado a uma união entre o volume e a intensidade, chamada pois de carga de treinamento.
Pois bem, sanada algumas dúvidas fiquem atentos a parte prática. Ao montar um programa de treinamento de força você deve levantar algumas informações e fazer algumas escolhas, aí vai algumas dicas:

1- Qual será a frequência semanal, ou seja, quantas vezes por semana está disposto a se exercitar? Isso ajudará a escolher como será o modelo de programa,ou seja, você pode optar em montar 1 set (sessão) de treinamento com todos os grupamentos musculares se o aluno for treinar 3 vezes por semana (segunda, quarta e sexta), ou com 2 sets (sessões) por semana, onde em um dia se trabalha a musculatura da porção anterior e no outro dia a musculatura da porção posterior, e por aí vai.

2- Quantos serão e como estarão dispostos os exercícios dentro de cada set (sessão) de treinamento? Isso vai depender do nível de treinamento do aluno, tal como o item anterior, isso porque, se for um aluno iniciante você poderá usar uma quantidade menor de exercícios para criar adaptações ao aluno sem que a atividade fique massante e enfadonha, para um aluno em um nível mais avançado a quantidade de exercícios pode aumentar. Com relação a ordem dos exercícios algumas questões são relevantes, primeiro deve-se saber qual é o objetivo do aluno, se for mulher e quiser enfatizar o trabalho em membros inferiores, os exercícios para esse musculos devem estar na frente, se for homem e quiser enfatizar a porção superior, a ordem deve ser invertida; mas não é só isso normalmente se coloca exercícios multiarticulares e de maior complexidade para serem executados primeiros, outra informação importante é que os maiores grupamentos musculares são trabalhados primeiros.

3- Série única ou multipla? Bom, isso também vai depender do nivel de treinamento, um aluno iniciante e que não gosta muito de musculação poderá para cada exercício, fazer uma série, no caso de alunos que buscam um resultado mais consistente, de 3 a 4 séries.

4- Quantidade de repetições por série? Isso vai depender do objetivo, para que se obtenha aumento da resistência muscular localizada a quantidade de repetições deve ser alta, de 16 a 20 repetições, no caso de força máxima dinâmica, de 12 a 15 repetições, hipertrofia de 08 a 12, e força pura de 02 a 06 repetições; é preciso lembrar que isso não é uma receita de bolo, o peso vai depender da quantidade de repetições propostas, assim como a quantidade de repetições vai depender do peso escolhido no aparelho, por isso o princípio se chama interdependência volume x intensidade.

FONTES PARA PESQUISA:

Musculação Métodos e Sistemas. Carlos Eduardo Cossenza
Treinamento Desportivo: Metodologia e Planejamento. Matveev
Treinamento Personalisado: Uma abordagem didático-metodológica. Guerrinni

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

HIPERTENSÃO ARTERIAL E ATIVIDADE FÍSICA


A hipertensão arterial, comumente chamada de pressão alta, é definida por uma pressão sistólica (máxima) igual ou maior que 140 mmHg, e uma pressão diástólica (mínima) igual ou superior a 90 mmHg em repouso. Para deixar mais claro é importante transferir essas informações para uma linguagem utilizada normalmente pela maioria das pessoas, ou seja, hipertensão arterial ou pressão alta, é um problema de saúde caracterizado por uma pressão arterial que começa a aumentar ultrapassando valores de 140 por 90 mmHg ou 14 por 9, por isso, uma pressão considerada aceitável e boa fica em torno de 120 por 80 mmHg ou 12 por 8.
Descobrir se uma pessoa tem ou não a hipertensão arterial não é uma tarefa tão simples assim, mesmo porque, o grande problema é justamente a não percepção da instalação no organismo, isso se dá pelo fato da hipertensão ser uma doença silenciosa e na maioria dos casos não existe a manifestação de sintomas, assim, o indivíduo só se dá conta da doença quando ela está em um nível muito avançado. Em face a tudo isso, é importante ressaltar que todas as pessoas devem passar por consultas periódicas com um médico, principalmente um cardiologista, tais consultas podem ser a cada dois anos no caso de pessoas jovens e que não tem histórico familiar de problemas relacionados ao coração e (1) uma vez por ano para pessoas mais idosas e/ou que tenham histórico familiar favorável ao surgimento desse tipo de doença; além disso, é importante frizar que os sintomas mais comuns da hipertensão, quando aparecem, são: 1 – Dor de cabeça frontal ou dorsal, 2 – Tonteira, 3 – Náusea, 4 – Cansaço e 5 – Palpitações.
As causas da hipertensão arterial podem ser genéticas, comportamentais e ambientais, ou seja, a pessoa pode ter uma predisposição genética a desenvolver a hipertensão arterial. Dentre as causas comportamentais destacam-se a alimentação rica em sal e gorduras e pobre em frutas e hortaliças, o sedentarismo, a obesidade, a utilização excessiva de álcool e o fumo. Já no que diz respeito a fatores ambientais, é possivel citar o tipo de ocupação do indivíduo, o stress, e ambientes que prejudiquem o repouso.
Infelizmente a hipertensão arterial se não for controlada e tratada, pode evoluir para problemas de saúde mais graves, dentre eles é possível destacar: 1 – Problemas na visão, 2 – Diabetes, 3 – Problemas renais podendo levar a insuficiência renal, 4 – AVC (Derrame Cerebral) e 5 – Infarto.
O tratamento, na maioria dos casos, principalmente nos casos mais leves, onde a pressão arterial não aumenta muito mas oferece risco pois se não for controlada e tratada irá progredir para valores mais altos, é não medicamentoso, algumas pesquisas mostram que para esses casos mais leves apenas as mudanças de hábitos diminuem consideravelmente a pressão arterial em repouso, por exemplo, uma importante atitude é parar de fumar, além disso é importante reduzir a ingestão de sal e gorduras totais (colesterol e gorduras saturadas), aumentando assim a ingestão de frutas, verduras e hortaliças; outro importante passo é diminuir a ingestão calórica total para pessoas obesas e principalmente começar um programa de atividade física leve e regular, com baixa intensidade e longa duração, como por exemplo as caminnhadas leves de aproximadamente 50 minutos a 1 (uma) hora por dia, no entanto, vale lembrar que antes de iniciar qualquer atividade física, deve-se passar por uma consulta média e procurar um profissional de Educação Física que seja habilitado.
A atividade física é um dos fatores mais importante no controle e tratamento da hipertensão arterial mais leve, isso porque, as atividades de longa duração e baixa intensidade como as caminhadas, a natação e o ciclismo, promovem algumas adaptações no organismo, ou seja, esse tipo de atividade executada de maneira regular, promove um controle de peso do indivíduo, diminui os níveis de colesterol (aumenta o HDL e diminui o VLDL) e triglicerídeos sanguíneos, diminui a viscosidade sanguínea o que facilita o fluxo sanguíneo diminuido a pressão arterial, e por fim, faz com que a pressão arterial se normalize em um valor mais baixo. Essa normalização da pressão arterial acontece por que durante a atividade física leve, a pressão arterial tanto sistólica (máxima) quanto diastólica (mínima) aumentam para valores não tão elevados, no entanto, após terminar a atividade física a pressão arterial volta para valores mais baixos do que estava antes de começar a atividade, ou seja, é um mecanismo de controle do corpo, vale lembrar que quanto maior for a duração da atividade física leve, maior é o tempo que essa pressão fica diminuída após a atividade física, alguns estudos demonstram que cerca de 50 minutos a 1 (uma) hora de caminhada deixam a pressão arterial reduzida depois do exercício por até aproximadamente 24 horas, por isso é importante fazer atividade física regularmente (todos os dias ou pelo menos 5 dias por semana). A musculação oferece efeitos semelhantes, no entanto, é preciso controlar melhor a pressão arterial do indivíduo durante a sessão de musculação, isso porque, durante a musculação a pressão arterial, principalmente sistólica (máxima) pode aumentar muito, e se a pessoa chega para iniciar uma sessão de exercícios com a pressão de repouso muito alta, estará correndo o risco de ter um pico de hipertensão com consequências mais graves.

FONTES PARA PESQUISA:

A Prática da Avaliação Física. José Fernandes Filho
Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. Scoth Powers
A Prática da Preparação Física. Estélio Dantas
Efeito hipotensivo do exercício de força realizado em intensidades diferentes e mesmo volume de trabalho. Artigo de Marcos Pólito e outros.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

OBESIDADE


A obesidade é um caso de saúde pública mundial, é uma doença da modernidade e a maioria dos países do mundo estão preocupados com isso. A obesidade é classificada como o aumento excessivo da gordura corporal e do peso em um indivíduo, para ficar mais fácil, o indivíduo é classificado como obeso quando mais de 30% do peso corporal total é gordura, em uma conta bem simples, se um indivíduo pesa cerca de 70 kg, e descobre que desses 70 kg, cerca de 22 kg é só gordura, ele está obeso. Alguns profissionais da área da saúde como educadores físicos, nutricionistas e médicos conseguem através de testes e exames definir bem esses valores. Agora de maneira mais simples pode-se observar a circunferência da cintura e do abdômen e calcular o IMC.
É preciso se preocupar muito com as crianças, principalmente porque a obesidade não tem apenas uma causa, é uma união de causas genéticas e causas comportamentais. Estudos mostram que cerca de 80% das crianças obesas tem pelo menos um dos pais obesos, além disso, fatores ligados ao comportamento auxiliam nesse processo, por exemplo, atualmente as crianças se alimentam mal em função dos produtos anunciados na mídia e comercializados amplamente, por isso, os pais devem condicionar as crianças desde pequenas a se alimentarem com uma quantidade maior de legumes, frutas e hortaliças, com carnes magras e com sucos naturais, os alimentos mais calóricos como doces, refrigerantes, guloseimas devem ser uma exceção na rotina alimentar, além do mais, evite levar as crianças ao supermercado, pois é possível observar que nas prateleiras dos supermercados, os produtos mais calóricos e atraentes estão embaixo, sempre ao alcance dos olhos das crianças.
Os pais devem ficar atentos, as crianças que tem entre um e um ano e meio de idade, pois essas se forem alimentadas de forma inadequada, podem no futuro desenvolver uma obesidade difícil de reverter, por isso, existe a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de amamentar no peito até os 2 anos de idade; além disso, as crianças entre 6 (seis) e 10 (dez) anos de idade também podem sofrer com esse problema, isso porque, ao atingir os 6 (seis) anos, terá uma pequena quantidade de gordura corporal, mas, dos 6 (seis) aos 10 (dez) anos, a criança começa a aumentar muito o acúmulo de gordura, isso para criar reservas para o chamado “estirão de crescimento” que vai ocorrer quando ela estiver com 14-16 anos, por isso, maus hábitos alimentares em todas as idades, mas principalmente nas citadas acima, podem preocupar e muito os pais no futuro.
Contudo, é importante enfatizar, que hoje em dia, as crianças estão mais presas nos apartamentos, andam mais de carro, jogam videogames e isso também tem influências, antigamente as crianças brincavam mais nos quintais, nas ruas, andavam de bicicleta, iam e voltavam da escola a pé, e essa rotina moderna diminuiu em muito essas práticas, bom é claro que não se deve deixar as crianças soltas na rua de qualquer maneira, mesmo porque os tempos são outros, hoje a violência urbana aumentou muito e isso preocupa, além disso, o corre-corre do dia-a-dia faz com que os pais conduzam as crianças até a escola em um veículo. A orientação aos pais é que invista seu tempo com os filhos em locais comunitários de atividade física como praças e quadras, os pais podem ajustar seu tempo para levar as crianças caminhando até o colégio (se for próximo), os pais também podem acompanhar a rotina escolar dos filhos e ver se a criança participa das aulas de Educação Física e como são essas aulas, também podem matricular os filhos em escolas de esporte e até academias.

FONTES PARA PESQUISA:

Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e Desempenho. Scoth Powers
Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física. Júlio Tirapegui
Alimentos e Nutrientes. Eduardo Valério de Barros Vilas Boas.
Nutrição nas Diversas Fases da Vida. Maria de Fátima Píccolo Barcelos.

OS DISTÚRBIOS ALIMENTARES


Distúrbios alimentares são problemas que as pessoas desenvolvem para se alimentar no seu dia a dia, de forma prazerosa e saudável, esses distúrbios ocorrem principalmente em função de uma busca incessante por um “corpo perfeito” e uma baixa aceitação por parte da sociedade a pessoas com alta concentração de gordura corporal, ou seja, a sociedade impõe um padrão de beleza onde às mulheres devem se parecer com as modelos de passarela e os homens devem ser bastante musculosos, isso tudo acaba refletindo nos hábitos alimentares da pessoa, é um problema de saúde pública e por isso um problema social e cultural, mesmo por que, como é possível dizer que existe um padrão de beleza a ser seguido, se de país para país esse padrão muda muito.
Dentre os distúrbios alimentares, o mais preocupante é a anorexia. A anorexia nervosa, como é conhecida, é um distúrbio alimentar que não está relacionado a uma doença física em especial, existe na verdade uma causa psicológica um tanto quanto obscura, que está relacionada a um medo sem fundamento de engordar, que por sua vez está relacionada a causas sociais e culturais, como por exemplo, pressões da família ou da sociedade, por isso, mulheres jovens de classe media alta e muito autocríticas, além de pessoas que trabalham com o corpo são as mais acometidas por esse mal, é possível destacar as modelos e manequins, além das atletas de dança e ginástica que necessitam controlar o seu peso. Estima-se que 1 (uma) em 200 garotas adolescentes possuem esse mal.
Os principais sinais de advertência são:

1 Preocupação excessiva com a ingestão de calorias (privação alimentar);
2 Exercício físico excessivo e utilização de laxantes;
3 Utilização de roupas frouxas;
4 Alterações no humor;
5 Perda rápida de peso.

Os efeitos vão desde perda excessiva de peso, interrompimento da menstruação, estado de grande fraqueza física e em casos extremos até a morte. Ao pensar em tratamento, é importante ressaltar, que o primeiro passo é a pessoa reconhecer os sinais de advertência e que precisa de ajuda, além disso, é preciso buscar um tratamento com profissionais da área da saúde, a pessoa pode se informar na unidade de saúde mais próxima de sua casa, no entanto, deve-se lembrar que por ser um problema de muitas causas, vai depender de um tratamento longo com uma equipe multidisciplinar, composta por: médico, farmacêutico, nutricionista, psicólogo e educador físico, além de outros.
Outro distúrbio alimentar preocupante é a bulimia, entretanto, sabe-se que a mesma tem suas características próprias, é marcada por um comer exagerado (compulsão alimentar) seguido por vômitos intencionais, ou seja, o bulímico ingere grandes quantidades de alimentos e em seguida provoca o vômito para evitar o ganho de peso. Os sinais da bulimia são:

1 Preocupação excessiva com o peso;
2 Humor depressivo;
3 Perda perceptível de peso (mas não como na anorexia);
4 Idas ao banheiro logo após as refeições;

Os principais efeitos são danos nos dentes e no esôfago/estômago em função dos vômitos, e desnutrição por não permitir que o organismo absorva nutrientes importantes com vitaminas e minerais. Os passos para o tratamento são semelhantes ao da anorexia nervosa.

FONTES PARA PESQUISA:

Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e Desempenho. Scoth Powers
Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física. Júlio Tirapegui.

O QUE SÃO OS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES?


Esteróides são substâncias hormonais, ou seja, são hormônios que atuam no nosso organismo determinando características sexuais, que podem ser masculinas ou femininas, além disso, estão envolvidos com as funções de reprodução. Os anabolizantes são classificados de maneira geral, como qualquer substância que provoque aumento de algum tipo de tecido em nosso corpo, como por exemplo, os músculos; dessa forma, esteróides anabolizantes, são substâncias capazes de produzir características sexuais, geralmente masculinas e por isso, aumentam a massa muscular e a força de quem faz uso. Sabe-se que existem várias dessas substâncias disponibilizadas no mercado, entretanto, a mais conhecida e utilizada é a testosterona (hormônio masculino). Ao listar os efeitos do uso dessas substâncias, é importante salientar que tais efeitos são diferenciados nas mulheres e nos homens. Nas mulheres os principais efeitos além do aumento da massa muscular são: engrossamento da voz, queda de cabelos, surgimento de espinhas e pêlos no rosto, além do aumento do risco de problemas no fígado, no coração e até surgimento de câncer. Nos homens, os efeitos mais conhecidos são: a queda de cabelo, aparecimento de espinhas, risco de problemas no fígado e no coração, risco de surgimento de câncer, ginecomastia, esterilidade e até mesmo impotência sexual. É preciso lembrar, que essas substâncias são medicamentos comercializáveis, no entanto, devem ser utilizados apenas mediante prescrição médica, sendo adquiridos com receita medica, são, portanto, medicamentos utilizados em tratamentos específicos como, por exemplo, com pessoas que passam por quimioterapia e perdem muita massa muscular ou mesmo pessoas que por problemas genéticos não produzem no seu organismo uma quantidade adequada desses hormônios, o problema é que atletas e freqüentadores de academias tomam essas substâncias de qualquer maneira e sem uma real necessidade. Por fim, é importante lembrar, que o nosso organismo é perfeito, quando uma pessoa começa a injetar grande quantidade de esteróides anabolizantes (testosterona) em sua corrente sanguínea, as glândulas responsáveis pela produção desse hormônio (no caso específico do homem os testículos) diminuem a sua produção, pois para que produzir se na corrente sanguínea já tem muito? É um mecanismo de controle, chamado feedback negativo, assim sendo, quando a pessoa para de fazer uso de tal substância, o organismo não consegue voltar a produzir de maneira adequada a referida substância, e com isso só aumenta o descontrole hormonal causando vários sintomas.

FONTES PARA PESQUISA:

Fisiologia Humana. Guyton
Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e Desempenho. Scoth Powers